Guerreiro Rei

"Lembro de tantos momentos bons

E o quanto feliz eu fui,

Tanto, que nem acreditava

Meu sono chegava rápido, e eu durmia bem

Hoje espero horas e horas e ELE não vem

Em minha mente os saudosos sorrisos contentes

Todos admiravam

Hoje estou só, meu 'todos' tornou-se ninguém

Estou cada dia mais triste

Esperando a felicidade que não vem

Meu semblante é de um guerreiro rei

Mas por dentro este féu amargo

Gosto ruim por entre os lábios

Há...este eu mesmo dei!

Meus olhos grandes parecem mortos e sombrios

Olhos que eu tanto admirei

Minhas mãos molham rapidamente o papel

Suor, temor, a doença que não sei

Meus cabelos estão longos e permanecem negros

Comos os meus últimos dias

Está quase amanhecendo e me vou distraindo

Escrevendo

Gastando a essa tinta preta que rabisca, pinta e expõe

Ouço o canto dos galos da madrugada sombria

Escuto o som dos ponteiros do relógio da sala

Marca hora de deleito, o café que estava ainda quente, não tomarei

Muito doce, não gostei

Reviro as gavetas, e encontro as páginas de um livro que ainda não rasguei.

Nossas fotos em meio aos jornais que não queimei

Um momento a mais

Tudo se resume em angústia

Neste meu péssimo momento fulgaz"

Gostei do resultado final, percebo no que escreví um quê que se aproxima vagamente da preciosas palavras de Florbela Espanca, uma de minhas grandes inspirações.

Rogê Luar
Enviado por Rogê Luar em 04/07/2009
Código do texto: T1681399