DOS CAMINHOS DESANDADOS
E o bonde da vida
leva a gente,
leva
E a gente vai
a mercer do dia-a-dia
Nosso amar, nosso querer,
esse levar anestesia
e a gente esquece de lembrar
dos sonhos
da leveza dos seres
que tocaram a gente
com mãos de amor e carinho
A gente toma o lotação, lotado,
e ainda assim, segue sozinho
com o Eu entrecortado
por muitos descaminhos
Caminhos que se quis singrar
mas, pela guia da condução
acabaram por descaminhados
e desencaminhados
Caminhos desandados
que volta e meia
aparecem como transversais
da via principal
em que o nosso bonde trafega.
D.V.
28/09/03
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