Verde Nany
Sei o que vejo quando me olhas
Uma combinação de ciano e amarelo.
Não sei o que olhas quando me vê,
uma freqüência qualquer no espectro das cores.
Quase sempre é assim, uma base de sombra branca
Com um insistente e inquietante verde esmeralda.
E eis que de cá, sou só retina, um diafragma visual
Que capta as cores, mas não catalisa suas emoções.
Verde esmeralda, que vai do Floresta ao Oliva ,
E num piscar se faz verde-mar, primavera...
Vem de cá, cinza curioso, oportunista, observador
Que do verde só se faz a esperança.
Do seu olhar de folhas, radia-se luz, brota um aceno
de vida, como clorofila para um broto qualquer.
De mim? Pobre Hortelã. Que Sá, reservado a um dia
ser um simples sabor, sabor de menta, por um instante
num beijo seu.
Texto dedicado aos olhos de minha amiga Arianny.