ODISSÉA

ODISSÉIA

Abri os olhos e notei que está chovendo. Há quantos dias chove? E como chove! Chove, chove! Chove e eu não vejo as estrelas, eu não vejo o sol.

Desperto então a fé que há no meu peito e clamo; Clamo ao Sol da minha vida, clamo pela vida. Clamo ao Sol que não vejo pelo calor que não sinto e contemplo no céu nublado todo o lume de uma noite estrelada. Sim, eu vejo a vitória no ar. Vejo a bonança após o chover.

Lua; como és linda envergonhada, escondida atrás das nuvens que choram a sua vergonha, sua dor, seu torpor... Mas tu, Lua; continuas majestosa atrás do véu; chove.

Chove lágrimas do coração do Pai; não sei ao certo o porquê, mas lágrimas assim caíram algumas vezes. Então, decido registrar tudo num livro de Paraleponemos da vida, e eternizar em poesias rasas tudo o que eu vejo, sinto e imagino de uma irreal realidade da vida. Se sou, faço ou sei, realmente não sei.

Quero ir, porém para onde? Como? Quando? Com quem? Volto ao Sol do meu viver e pergunto: “_Senhor; até quando?”

Horácio F. Costa em 17/10/2008.