Agente da passiva

Então, qual é o lugar certo? O que deveria fazer mesmo? Descobre-se, aos poucos e na prática, que a ordem do dia são as coincidências, as oportunidades , as vontades e ponto. É um risco constante, mas não dá mais para deixar aquele um segundo em que você sai do plano racional pro plano agentivo passar. A cada minuto, podemos estar perdendo 60 novas oportunidades de ousar.

Existem certos freios, certas tolhimentos que não passam de convenções que criamos. Não exprimem muito bem a realidade, e falando com muita sinceridade, na maioria das vezes não ajuda a fazer com que o outro tenham a opinião que gostariamos sobre nós. O tempo inteiro nós construimos uma imagem e esperamos que consigam decodificá-la o melhor possível...Bom, sinto dizer que falhamos solenemente em mais da metade dessas tentativas. Não adianta: se não há interesse em captar do outro o básico, vamos captar só o que nos pareceria óbvio ou o que nos interessa. Esse é o ser humano.

Acabei cansando.Pelo menos por enquanto, eu cansei. Meu botão de extremo auto-controle sofreu super-aquecimento e se desligou automaticamente. Ainda não contactei o suporte técnico para resolver esse problema, e enquanto isso não acontece, estou experimentando como é ser um pouco menos controlada e um pouco mais livre. Com isso, no mínimo, poderei conseguir boas lembranças. É, acho que o conserto pode esperar.

Ursel Schwartzinger
Enviado por Ursel Schwartzinger em 26/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
Código do texto: T1775813
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