Um dia...

Um dia descobri tantas coisas:

Descobri que a vida é complicadamente simples; vi que muitos falam de mim e me julgam, enquanto outros poucos me ajudam e se preocupam comigo.

Entendi que o centro de tudo está em casa. Do nosso lado, um apoio incondicional; todas as verdades e alicerces saem de lá, por piores ou melhores que sejam.

Compreendi que somos individuais e coletivos ao mesmo tempo. Individuais porque nascemos únicos, com um só corpo, uma só mente, alma, um só espírito. Somos coletivos porque não podemos viver isolados do mundo, das pessoas que amamos, das que passam por nossa vida, seja de que forma for.

Aprendi que somos imperfeitos; que as estrelas terrestres são imperfeitas e, assim como qualquer ser humano, um dia morrem; que as pessoas são inconstantes e supreendentes, assim como a vida,

que não nos dá a certeza de nada, somente a certeza de que seu último encontro será com a morte.

Vi que devemos buscar a felicidade, independente de um outro alguém,

que os conceitos de amor mudaram e vão continuar mudando, até que ele não mais exista.

Observei que mudamos todo dia, aprendendo sempre algo novo quando abandonamos nossas certezas incertas e partimos para o príncipio das dúvidas, que é inerente ao processo de viver.

Senti uma força além de nós, pois só assim consigo achar sentido, razão e finalidade para tudo.

Vi que a morte e a vida são as coisas mais comuns que existem, no entanto, não concebemos a ideia de aceitar a morte, com a qual convivemos desde sempre, direta ou indiretamente; o que considero um processo puramente ligado à matéria, ao corpo, ao mundo, transmitindo um sentimento de total descrença espiritual, mas, mesmo assim, reclamamos quase todo dia da vida, do mundo, do emprego, do amor, de tudo, enfim, que se relaciona com a vida que tanto queremos.

Na verdade, não sabemos valorizar nada do que temos, quanto mais temos, mais queremos; e não sabemos onde isso vai dar, só sabemos que no mundo não se encontrará o que procuramos, já que estamos perdidos em busca de algo que nunca se achará....

Khall Alves
Enviado por Khall Alves em 24/09/2009
Reeditado em 29/08/2014
Código do texto: T1829503
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