Da Janela

Da janela sólida vejo nuvens.

Nuvens que se movimentam devagar,

como o tempo.

Nelas, as nuvens, vejo o tempo

a se rastejar pela nossa história.

Tão devagar que parece não passar nunca.

Mas olho, vejo que passou

o tempo e as nuvens.

Nuvens que se escondiam,

hoje revelam a beleza das estrelas,

que brilham...

Sozinhas no céu elas, as estrelas,

aparecem.

Não mais encobertas pelas cinzentas nuvens

que iam devagar.

O tempo que encobre a beleza.

Tudo se encaixa e se revela.

Faço comparações:

estrelas, felicidade;

nuvens, tempo.

Traz esperança.

Tudo se encaixará

da janela do meu quarto.

Cris Roseno
Enviado por Cris Roseno em 27/06/2006
Código do texto: T183223