Da Janela
Da janela sólida vejo nuvens.
Nuvens que se movimentam devagar,
como o tempo.
Nelas, as nuvens, vejo o tempo
a se rastejar pela nossa história.
Tão devagar que parece não passar nunca.
Mas olho, vejo que passou
o tempo e as nuvens.
Nuvens que se escondiam,
hoje revelam a beleza das estrelas,
que brilham...
Sozinhas no céu elas, as estrelas,
aparecem.
Não mais encobertas pelas cinzentas nuvens
que iam devagar.
O tempo que encobre a beleza.
Tudo se encaixa e se revela.
Faço comparações:
estrelas, felicidade;
nuvens, tempo.
Traz esperança.
Tudo se encaixará
da janela do meu quarto.