Um Lamento
Vejo hoje pontos imóveis num espaço, isolados, aos milhares. Não são poucos, mas distribuem-se com tamanha harmonia que não se tocam, não se cruzam. Apenas demarcam. E morrem! Prematuramente. Não se ajudam. Mas também não aborrecem. Uma tragédia!
Um outro espaço e mais pontos isolados. Não se cruzam: se interpõem, se afrontam! E morrem! Implacavelmente. Não se ajudam. Aborrecem. Um terror!
Um terceiro espaço e mais pontos isolados. Cortam distâncias. Desvendam mistérios. Unem-se em conglomerados! Círculos de pura sabedoria e beleza! E morrem! Isoladamente. Apenas conglomerados. Isolados no espaço, perdidos no tempo. Um lamento!