Polichinelo

Há horas tento fazer deitar letras coerentes na tela do computador. Uma multidão de seres sussura palavras, ideias em minha mente. Sons soltam gemidos na Babel da minha alma, mas a boca vomita mudez amordaçada, silêncio oco. Meus dedos bailarinos dançam no teclado coreografia cega e surda acompanhada por um corpo travestido de polichinelo que cai e levanta descompassado, sem ritmo, sem vida.