outono e primavera

Os sete véus que recobrem teu rosto...

como cortinas rasgadas pelo tempo...

como um devaneio que o menino quis...

sonhos que esperam décadas, séculos, milênios...

não vamos rir, nem chorar...

perdoe gestos nobres, que se esconderam em desesperos...

não faça conta de força do coração...

que bate sem parar enquanto há vida

há esperança em dizer algo...

vivemos dias felizes em lugares diferentes...

talvez houve choro por qualquer coisa...

outras coisas machucaram tanto...

o verdadeiro poeta nem sem sempre é o que sente dor...

dor emocional, dor no peito...

também posso sonhar sempre...

a busca nem sempre é constante...

ou talvez quando se pense em achar felicidade...

ela corre para outros mundos...

foge dos olhos e se some para o mundo da lua...

quem sabe uma espera eterna por um ser que encantou...

um aguardar que nunca se findou ou demorou sair do coração...

o sol se renova a cada dia, sempre há nova manhã...

uma primavera e um outono chega novamente...

a musa que encontrou em outro o amor...

deixo a alegria no seu coração...

talvez a musa seja sempre o mar realmente...

com o rimar de amar...

no outono há frio e o ser fica mais encantado...

as roupas mostram ternura nas cores e tecidos...

o frio aconchega os ânimos...

traz de longe um abraço caloroso...

na primavera te ofereço as flores que existem

tão lindas como girassóis,

que ninguém jamais oferece para alguém...

mas seu amarelo que acompanha o sol

indica sua admiração de sempre...

seja rosa, ou outra flor...

é feita de mistério demais,

sonhe alto, veja o auge do himalaia...

vamos com as águias,

que enxergam distante todas as coisas,

grandes e pequenas...

se os olhos são mesmo a janela da alma...

queria que visses os meus agora...

numa estação de primavera...

sonhando em quando virá novamente o outono...

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 17/11/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1929255
Classificação de conteúdo: seguro