MANHÃ DE PRIMAVERA

Manhã de primavera, mais parece verão, quente e tranquila, enquanto o vento do ventilador tenta esfriar meu corpo, sento aqui e escrevo algumas linhas. Os cães deitam-se no piso frio pra amainar o calor e dar um pouco de frescor à pele coberta de pelos.

Ouço as notícias do dia anterior que parecem se repetir a cada dia e não dou muita atenação por já estar acostumada com elas.

Fico aqui querendo voltar pro meu recanto, mais fresco, mais perto das árvores, das cores das flores, do sabor dos frutos fresquinhos tirados do pé.

Para relembrar tudo isso, pego um copo de água de coco fresquinha, trazida de lá, e tomo gole a gole para saborear, me refrescando por dentro e hidratando minha pele suada e castigada pelo calor.

Quero trazer pra essas linhas um pouco de mim que fica guardado nesses momentos que estou só com meus pensamentos. Tenho o que resolver lá fora, mas fico aqui absorta nos meus escritos, jogando no lixo o passado que não interessa mais, renovando o presente que é o que vivo agora. O futuro vem a cada segundo em cada letra que deposito aqui.

Não me canso de escrever e, a cada dia, quero escrever mais e sempre estão em meus pensamentos a natureza e tudo que parte dela faz.

Rio, 23/11/2009

Maria Lopes
Enviado por Maria Lopes em 23/11/2009
Código do texto: T1939310
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