A tela da salvação

Viver a salvação é amar.

É a arte dos quadrantes,

Dos matizes de cores constantes,

Dos quais já falamos bastante,

Ao sermos contundentes

Quiçá, fulminantes.

Melhor; alegres e contentes.

Mas ao sairmos desta tela

Vemos a arte singela,

Com lamentos a lamentar.

Mas é assim que ela

Carrega seu estandarte.

Pobre arte se, se prendesse

A sua esfera, quadrada seria ela.

Sem o poder de nada dizer,

A quem ouvido moco tivesse

E que ela se merecesse.

Neste atual planeta,

Assim cheio de capetas.

Teria de tocar trombeta

Como se toca escopeta.

Além do alvorecer,

Apesar de amar o amor,

Não se entende medonho ser

Causador da doída dor.

Porém, doidos de amor

Vamos permanecer.

Eis o próprio capeta,

Em formato de roseta,

Assemelhando linda flor.

Assim a arte se salva

Com muitas salvas de palmas,

Mesclada de muitos odores,

De jasmim e muitas flores,

O nosso mal espanta.

Desatando-nos o nó da garganta

Enxugando o nosso planto,

De inocente criança,

Alvejando nossa alma.

Não com fria-arma,

Mas com o branco-amor

E muita confiança.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 26/11/2009
Código do texto: T1945084
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