Os antônimos que surgem na nossa vida e os “presentes”

Durante toda a nossa jornada existencial é fato que passamos por várias agruras, de menor ou maior grau, sem, na maiorias das vezes, nos darmos conta dos “presentes” que recebemos durante o caminho.

“Presentes” recebidos ou apenas pensamentos, acasos e frutos de conquistas desprovidas de qualquer intervenção sobrenatural?

Prefiro me ater aos defensores da primeira corrente, não somente em razão da fé ou misticismo, mas porque seria demasiadamente triste aceitar que somos apenas uma porção de carne, sangue e ossos sem alma, baseadas simplesmente na teoria Darwiniana*.

Ultrapassada esta importante e polêmica consideração, vamos ao cerne do tema em questão, ora, como a vida poderia ser melhor....., contudo e inversamente proporcional, como a vida poderia ser pior....., ou seja, apenas uma das indagações antagônicas que constantemente fazemos, um dos antônimos que surgem e fazem parte da nossa vida dentre tantos outros: bom ou mau, rico ou pobre, amor ou ódio, feliz ou triste ....

Indubitavelmente, um determinado fato ocorrido na vida pode ter um significado, impacto e dimensão completamente diferente dependendo da interpretação pessoal da vítima, porém, se você refletir, em qualquer ocasião os seus “presentes” estão lá para ajudar, confortar, perdoar, aconselhar, dar ânimo, esperança e alegria.

Despretensiosamente, em uma análise filosófica, no conceito puro e simples da discussão e reflexão, será que os antônimos que surgem durante a nossa existência são tão significativos a ponto de ignorarmos os “presentes” e a fatídica fugacidade da vida, deixando de lado a felicidade por simplesmente participarmos do milagre da vida e da convivência com tudo o que amamos?

Os “presentes” podem ter várias formas no decorrer da nossa vida, não precisa necessariamente ser algo tangível, podem ser imagens ou pensamentos, podem ser animais racionais ou não, podem ser lugares ou coisas, mas, em qualquer caso, é inegável que se trata de uma dádiva.

Fruto da ciência?, obra do acaso? inspiração divina?, loucura?, não importa, só nos resta ponderar e agradecer pelos “presentes” presentes em nossa vida.

Obrigado!

*: É uma teoria elaborada pelo naturalista inglês, Charles Robert Darwin, publicada em 1859 no livro On the origin of species (A origem das espécies), explicando a evolução dos seres vivos por meio da seleção natural.