THE RAVEN ( O CORVO) - Edgar A. Poe

Existe um quadro que ilustra The Raven , que é do Gustave Doré , que é um deslumbre.

O poema The Raven , é componente da obra do escritor -poeta norte americano Edgard Allan Poe . Esse poema teve várias traduções , mas as primeiras foram em francês ( Baudelaire e mallarmé ) . depois de Machado de Assis e Ferrnando Pessoa . como se pode observar , esteve, sempre em excelentes mãos . Foi publicado , pela prineira vez, somente em 1845 - neados do séc. XIX, no NEW YORK EVENING MIRROR . É um poema muito famoso , por vários motivos , mas principalmente pela sua musicalidade.

The Raven , um poema difícil de traduzir : é preciso preservar seus mecanismos métricos e fonéticos o que lhe dá a sua musicalidade e que combina com ar soturno do poema .

Poe tem mesmo um talento singular . Neste poema lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore no original) . Eu vou usar a tradução de Fernando Pessoa e descreverei somente trechos do poema , que é longo , bastante longo .

THE RAVEM . o corvo é uma ave que aparece , de repente e pousa numa estátua , um busto muito interessante de ATENA. O cenário é o quarto do protagonista ... é uma noite de outono , ele lê sossegadamente nesse aposento onde existem os umbrais , palavra usada com frequência , no poema . O protagonista, está lendo um livro sobre Ciências Ancestrais, quando ouve alguém batendo ...pensa que é só o vento e nada mais . Insistem , nas batidas, então ele abreo , ao largos os umbrais e encontra o Corvo.

[...] E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura

Com o solene decoro de seus rituais.

"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, mas de nobre e ousado

O velho corvo , emigrado lá das trevas infernais ?

Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais

Disse o corvo "Nunca Mas".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro.

Inda que pouco sentido tivessem palavras tais,

Mas deve ser concedido que ninguém terá havido

Que uma ave tenha tido pousado nos meus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto que há sobre seus umbrais,

Com o nome "Nunca Mais".

Mas o corvo sobre o busto nada mais dissera, augusto,

Que essa frase , qual se nela a alma lhe ficasse em ais.

Nem mais voz nem movimento fez , e eu, em meu pensamento

Perdido murmurei lento, "Amigo, sonhos-mortais

Todos- todos já se foram . Amanhã também te vais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida

"por certo" disse eu são estas vozes usuais ,

Aprendeu-as de algum dono , que a desgraça e o abandono

Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais

E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

Era este "Nunca Mais".

Mas fazendo inda a ave escura sorrir a ninha amargura,

Sentei-me defronte dela , do alvo busto e meus umbrais,

Enterrado na cadeira pensei , de muita maneira

Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais ,

Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

Com aquele "Nunca Mais".

[...] .. a última estrofe do poema , que tem 18 , sendo 17 com seis versos cada estrofe e, 1 estrofe , a última , que tem cinco versos . Veja :

E o corvo na noite infinda , está ainda , está ainda

No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais

Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha ,

E a luz lança-lhe a trtistonha sombra no chão há mais e mais

Libertar-se-á...nunca mais!

Tradução de Fernando Pessoa , traduzido ritmicamente conforme o original. Tem outros tradutores , mas escolhi o Pessoa .

Veja que ele usa INDA , no lugar de Ainda .... queria , ele traduz como qu'ria e desesperança , ele adotou desesp'rança . Não esquecendo que ele é português .

Eu já publiquei , aqui o conto de Poe , chamado O GATO PRETO.

Teve um bom número de leitores. Ele , realmente , é um poeta singular , do ultraromantismo. Veja, com atenção a beleza poética deste THE RAVEN .

O busto de ATENA , que é a mesma coisa de PALLAS. Fernando usa ATENA. Umbrais = ombreira da porta , ou ainda porta, entrada ,limiar : Ora passados os UMBRAIS da eternidade é de fé que se não pensa mais nisso ( Garret , em um de seus textos ). // F. r. lat. UMERUS ( ombro).

CONFESSO : sou tão apaixonada pelo estilo desses poetas que eu sempre , gostaria de ter sido a autora ... rsrsrs mas ... quem sou eu !!! Uma Callena que não sabe poetar. Poeta , sem poema . rsrs . Beijos .

Fico por aqui ... Callena, dez/2009

kalena
Enviado por kalena em 20/12/2009
Reeditado em 20/12/2009
Código do texto: T1987299
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