O meu tio partiu.

O meu tio caiu doente...

No hospital a luz amarela piscava, piscava...

Até que se apagou e junto com ela, o meu tio.

Ele se foi e partiu o meu coração.

Ainda amo aquele homem

Que esqueceu o meu nome, o seu, os sabores...

O meu tio cozinheiro esqueceu-se da fome!

Festeiro como ele era, partiu sozinho

Em torno de si ficou o silencio, e

Em mim um pouco de história que virou saudade.

Ele costumava sair de madrugada, e

Com sua lanterna Sumia nas trilhas da noite...

Mas, agora sua luz não brilha e

O dia não o trará de volta...

Tio, cuidado com o Boi Bumbá que você me ensinou a acreditar!

Use o seu apito: piuí... piuí pra espantar o Saci!

Vá em paz meu tio!

Só a sua saudade pra preencher esse imenso vazio.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 29/12/2009
Código do texto: T2000584
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