AMOR – UM DELÍRIO
 
Projeto lindo de amor
 
Eu espero se ainda for possível, um dia, te levar em minhas mãos como se tu fosses uma cesta de amoras silvestres. Sentir o teu corpo foi sentir-se preso num aprisco de mansos prazeres. Pois a tua intimidade última sempre foi um recanto de doçuras inigualáveis. Quando contigo estava, meu Deus, eu sentia os frêmitos nervosos de prazer do teu corpo junto ao meu. Era desmesuradamente indizível quando, eu mansamente percorria o pequeno infinito dos teus lábios. O perfume rodeia a sua flor, e assim da mesma forma, o amor e o nosso benquerer rodeiam as nossas almas.
Hoje, eu gostaria de te dizer as coisas mais lindas desse mundo, entretanto, hoje pela manhã, já dissemos as coisas mais belas que as nossas almas queriam dizer e sentiam. As nossas almas ainda estão impregnadas de um benquerer inexplicável, é lógico que estamos em estado de alerta pelos rumores que se fazem em nossos corações. Confesso minha linda deusa que, naquele período em que vivemos as nossas fortes emoções, eu fui um homem muito feliz, tão feliz que eu penso não ter existido, talvez tenha sido um sonho que se desenrolou num paraíso sem nome. Ou, o amor, talvez seja um delírio inexplicável. A força desse amor que flui de ti de forma fascinante me faz viver um pouco mais feliz, com os olhos e a alma voltados para o futuro.
Ainda permanece comigo de forma viva e linda, a delícia do teu inigualável sorriso, bem como as doces vinhetas dos teus olhos de esmeralda. Eu tenho a consciência de que o tempo é uma via intocável e invisível por onde provisoriamente passamos. Entretanto, também sei que nesse breve espaço em que nós passamos por ele; eu te afirmo que, uma coisa ele não consegue bloquear, porque foi ele mesmo que forjou com fogo em nossas almas, esse sentimento blandicioso que sempre norteará as nossas vidas. A tua querida lembrança sempre estará viva no palco da minha mente, e eu te guardo numa janela do escaninho secreto do meu inconsciente. Ali tu sempre serás eterna.
Nada poderá apagar esse nosso sentimento, pois ele veio de mansinho e nos apanhou e fundiu para sempre.
 
 
 
 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 01/01/2010
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