RECESSO POÉTICO (O ANO QUE PASSOU)

Queria falar sobre o meu recesso poético, mas me faltam palavras.

Daquele moço bonito que ganhou meu coração, me apeteceria conseguir que alguns (muitos) complexos sentimentos fossem colocados no papel – afinal não há quem possa ser considerado o melhor amigo, senão este a quem nada escondo e sem piedade rabisco por prazer ou necessidade, jamais por tédio.

O fato é que mudou a idade do mundo e eu ainda não me adaptei ao Ano do Tigre no calendário chinês. Mentira! Guardarei minhas desculpas a quem acredita.

Queria mesmo estampar aqui tudo o que tem acontecido – de forma poética ou não, já não mais implico – mas essa falta de Sei-lá-o-quê misturada com um quê de Tudo Isso me impede de subjetivar pensamentos que sempre fluíram seguros no papel.

Se apostar em uma maneira objetiva de vomitar o ano que passou, traduzo nisso:

Virei

Bebi

Briguei

Chorei

Estudei

Brinquei

Pensei

Falei

Rompi

Reconciliei

Conheci

Mudei

Trabalhei

Vivi

Namorei

Amei

Virei.

É um ciclo.

Patricia Florindo Martins
Enviado por Patricia Florindo Martins em 08/01/2010
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T2018346
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