Fui ao alem, acha-me

A corrente imaginária é fria e árida, o tempo percorre as raízes do espaço ínfimo, entre tronco e folhagens.

A imagem da paisagem é espera...fui ao além em busca de mim para achar-te.

E devorada as plantas como nutrientes das expectativas, a vida fez-se de um encontro.

O amor reina entre as bromélias e um tronco de árvore partido.

A vida invade a manhã por trás da colina.

E onde o sol se abre, é aí sim que abraço o tempo sem medo de ser apenas plâncton.

As correntes são marinhas.

O sol forte adorado, bate no mar ao acalentar as montanhas entre o lago azul e a espera de amores.

O suave vento que balança as folhagens, vem sem temor resgatar o fundo do poço das águas mais límpidas.

E lodo é sinal de vida num fundo imaginário.

É como um lindo lago azul que colore a passagem, o caminho é seco e tenho esperança.

Quimera o momento de encontros, não haverá mais?

Como posso refletir num deserto árido sem água?

Como planejar um futuro sem ser de mim a sua presença?

Como posso deixar de amar-me?

Não sei mais em que ambiente cercam as folhagens entre as raízes. E não quero ser a terra rachada.

Vivo a sobrevida do encontro com a luz.

E adormeço seus sonhos em noite caladas.

E na imaginação do ardor, o calor do amor, abre-se a manhã de luz.

Aninha-se em meu colo solitário e quieto, sem expectativas, apenas respira e sente a vida, abrem-se as pétalas da flor.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 13/01/2010
Reeditado em 13/01/2010
Código do texto: T2027030
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.