AINDA NÃO APRENDI A SER SÓ

Triste tarde, solitária noite infinitamente fúnebre
Até se consegue escutar a voz do silêncio que machuca
Que entristece e nem nos deixa adormecer...

Ò solidão que nunca acaba! Que faz doer o peito
Que às vezes até deixa na boca um gosto amargo!
Seria loucura descrever o que apenas se sente?

Ah! Estou terrivelmente triste, cansada de ser só
Carente de um afago, de uma palavra doce,
De um abraço, de sentir outras mãos nas minhas...

Ainda que a solidão às vezes seja companhia
Eu francamente confesso, não aprendi a ser só
Essa lição eu ainda não aprendi com a vida.

Brasília, DF
01/02/2010