Despudoradamente, eu

Já nem sei do homem em mim,

tropeço até no que tenho

entre as pernas;

esqueci dos lares e casernas.

Já nem sei onde fui parar,

me perdi em loucos tesões,

deixei escapar

apaixonados corações.

Já nem sei do homem que eu era;

talves, ande por aí,

à procura de outros amores.

Pobre coitado, sem eira nem beira,

à foder com todas, com tudo,

sem saber o que são pudores.

Só falando, pensando

e fazendo tantas besteiras !