ESTRANHO SILÊNCIO

Foram tempos de muito amor,

De dedicação, confidências, apego.

Foram também de carinho, de

Afeto, cumplicidade e alegria.

Parecia que o paraíso existia e

Que o amanhã seria cada vez melhor.

A emoção dos encontros sempre renovada,

Em momentos de imensa felicidade.

Compartilhavam as dificuldades,

Dividiam preocupações e alegrias.

Solidarizavam-se mutuamente

E se completavam plenamente.

De um momento para o outro,

Inesperadamente, o laço foi rompido.

Sem explicação, sem diálogo,

Repentinamente, o silêncio completo.

Silêncio estranho, incompreensível,

Absoluto, total, como um ponto final.

Tudo ficou para trás, tudo se perdeu

Em sonhos, que se desvaneceram.

Talvez jamais venham a saber do outro,

Por conta de um silêncio tumular.

Como pôde isso acontecer, com

Todo o encanto se dissipando no ar.

Resta a lembrança, que não se apaga.

Resta a saudade, que não ameniza.

Restam as vidas, mal resolvidas.

Resta o silêncio, que tem muito a dizer.

Augusto Canabrava
Enviado por Augusto Canabrava em 19/03/2010
Reeditado em 25/06/2010
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