VIDA

VIDA

Deitada na cama, sobre lençóis de seda vermelhos, olhava a lua. Nunca a vi assim, tão perto e tão brilhante. E, ela, no alto de sua magnitude, também olhava pra mim. Olhava através da vidraça e parecia sussurrar: Ei menina, acorde! Olhe que a vida está passando. Corra atrás dos seus sonhos. Saia por aí. Ame, ou se deixe apenas amar. Ei menina, levante! Dance com pernas de bailarina entre as flores do paraíso. Cante, mesmo em silêncio. Chore baixinho, ria bem alto. Muito, muito alto, até que ecoe por todo lado. Abra essa janela e deixe o mundo entrar. Abrace-o. Beije-o. Saia por aí de mãos dadas. Só você pode viver sua vida. Então, menina, viva!