O quarto dos fundos da existência



Olhar a vastidão.
O silêncio das faces que vem e vão.
Eles não veem,
O vão que vislumbro.
Um vale, tal mãos em prece,
Onde toda relva, ainda criança,
Acariciada por brisas que levam embora
Minhas memórias mais preciosas,
Repousa silente,
Na imensidão
Do meu olhar.

 
Olhar a vastidão:
Dar rumo ao viver.
Existir tornou-se tão banal
Que olhar a vastidão,
Desta sinfonia de faces em silêncio
É meu cárcere.
Serena prisão.
O quarto dos fundos da existência.



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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 21/03/2010
Reeditado em 23/11/2018
Código do texto: T2151355
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