DIA DE SÁBADO
Ela estava ali novamente, regando suas plantas.
Enquanto regava, refletia debaixo do sol da manhã...
Em seu peito havia uma calma e um calor ameno.
Já cantarolava baixinho e notas suaves formavam
música nova...
Pensava nas plantas que logo dariam flores, plantadas
no meio da grama num ato de fé e esperança.
De repente ela viu folhas de roseira no chão e percebeu
que mais uma vez haviam roubado rosas de seu jardim.
Ela novamente sorriu. Pegou as folhas para certificar-se de
que eram mesmo da mesma roseira. Viu que sim.
Naquele momento passou por ela uma família: O pai, o filho
e um senhor de mais idade. O menino vinha com uma rosa
vermelha na mão, comprada certamente, pois estava em-
brulhada em papel celofane.
Ela pensou que certamente ele iria levá-la para a mãe.
A mulher entrou então em sua casa. Havia muito o que ser
feito ainda naquele sábado.
No beiral da casa em forma de piramide havia um olho que
tudo vê...mas que somente ela via...E dentro dela uma cruz
sustentando a laje do teto.
No fundo um lindo quadro de Jesus de Nazaré!
Franca, 2002