DIA DE SÁBADO

Ela estava ali novamente, regando suas plantas.

Enquanto regava, refletia debaixo do sol da manhã...

Em seu peito havia uma calma e um calor ameno.

Já cantarolava baixinho e notas suaves formavam

música nova...

Pensava nas plantas que logo dariam flores, plantadas

no meio da grama num ato de fé e esperança.

De repente ela viu folhas de roseira no chão e percebeu

que mais uma vez haviam roubado rosas de seu jardim.

Ela novamente sorriu. Pegou as folhas para certificar-se de

que eram mesmo da mesma roseira. Viu que sim.

Naquele momento passou por ela uma família: O pai, o filho

e um senhor de mais idade. O menino vinha com uma rosa

vermelha na mão, comprada certamente, pois estava em-

brulhada em papel celofane.

Ela pensou que certamente ele iria levá-la para a mãe.

A mulher entrou então em sua casa. Havia muito o que ser

feito ainda naquele sábado.

No beiral da casa em forma de piramide havia um olho que

tudo vê...mas que somente ela via...E dentro dela uma cruz

sustentando a laje do teto.

No fundo um lindo quadro de Jesus de Nazaré!

Franca, 2002

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 22/03/2010
Reeditado em 23/10/2010
Código do texto: T2153092
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