LAÇOS DE UMA CHAMA
Um véu, névoa encoberta...
Frieza? Camuflagem?
Brumas, fumaças - sobras de uma fogueira??
Restou uma brasinha - minúscula...
Que de tão teimosa não se apagava.
Volta e meia uma leve brisa a reavivava
Trazendo consigo acalanto, saudades, lembranças...
Por dias povoavam meus pensamentos
Ái brasinha danada - mesmo com toda água
Não apagavas...
E de repente tão pequenina como estavas
Num crescente mágico e surpreendente
Explodes como um gigantesco vulcão
Bravo te agitas, esbravejas,
Lanças fumaça, treme o coração,
Tudo corre, tudo foge
Abrem-se fendas e das suas entranhas
Brotam silentes emoções, sentimentos
Que como larvas quentes no seu colorido ardente
Colocam em dúvida o que temos pela frente.
De um lado o coração
Surpreso, aos saltos acelerado
No meio a incerteza trava a sua batalha
E do outro lado a sábia razão prevalece.
O vulcão se aquieta - deixando exposto
Um laço visível, forte e marcante
Nesta chama remanescente.