Da reabilitação do coração da poesia

Onde estão as luzes dos olhos dos poetas...

No grande pasto humano, talvez a respiração

possa se embriagar de lírios do campo,

se os olhos passarem a enxergar.

Quem zela pela ternura assassinada no dia-a-dia,

quando as linhas do poema do coração

afogam-se nas poças da inconsciência,

do orgulho, da arrogância, da egolatria.

Quero as asas da poesia

flutuando diante das quatro faces do sol

sorvendo um orvalho de humanidade

e alimentando-se a cada novo dia

do perfil da belezas helênicas

que fazem o que é eterno

ser (infinitamente) original, autêntico, belo

- e humilde.

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