Batalhas diárias

Na vida, algumas vezes a gente ganha, outras a gente perde. Não é possível vencer sempre. Por isso, é preciso saber perder e, da mesma forma, estar preparado para a vitória. Frustrar-se a cada revés inevitável é tolice. Mas não saber saborear a vitória ou viver eternamente insatisfeito é pior ainda.

Rubem Alves escreveu: “Tanto os meus fracassos quanto as minhas vitórias duraram pouco. Não há nenhuma vitória profissional ou amorosa que garanta que a vida finalmente se arranjou e nenhuma derrota que seja uma condenação final. As vitórias se desfazem como castelos de areia atingidos pelas ondas, e as derrotas se transformam em momentos que prenunciam um começo novo. Enquanto a morte não nos tocar, pois só ela é definitiva, a sabedoria nos diz que vivemos sempre à mercê do imprevisível dos acidentes.”

O professor Jossei Toda disse: “Você pode fazer com que a derrota seja a causa para a vitória no futuro. Mas também pode fazer da vitória a causa para a futura derrota.” Eis uma armadilha muito comum. Se perder e ficar alerta, decidindo dar a volta por cima, então a derrota terá servido como lição. Por outro lado, se vencer e descuidar-se por excesso de confiança, se tornará arrogante, ocasionando uma futura derrota.

O discípulo de Toda, Daisaku Ikeda também nos encoraja: “A força é a fonte da felicidade. Não podemos evitar os desafios da vida. Recusar-se a ser derrotado equivale à vitória. Uma pessoa que persevera até o final é vencedora.”

E sobre a persistência, ele enfatizou: “O que importa é vencer no final; as vitórias e derrotadas ao longo do caminho têm importância secundária.”

Perder algumas vezes não é o fim do mundo. Assim como vencer uma batalha não garante a vitória da guerra. Vencer significa continuar lutando, não importando o que aconteça.

(Catalão, 11/05/2010)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 12/05/2010
Reeditado em 05/06/2010
Código do texto: T2253116
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