RAP DO ESTUDANTE

Sou aluno no Brasil,
Estudante sim senhor,
Quero mostrar para o mundo,
Meu talento meu valor,
Nesse rap de aluno,
Do século vinte e hum,
Que querem tudo nas mãos,
Trabalho? Não quero fazer nenhum!
Aqui quero expressar,
Minha indignação,
Com colegas que não querem,
Dar valor a educação,
Sou jovem tenho futuro,
Sei que sou inteligente,
Pois no mais o que procuro,
Crescer ser independente!
Só sombra e água fresca,
É tudo que eu mais quero,
Mas se a matéria eu não estudo,
Com certeza a nota é zero,
Todo dia na escola,
Ouço colega dizer,
Êta vida de estudante,
Estudar, nem sei pra quê!
Tem um monte de matérias,
Que nem sei o que estudar,
E um monte de trabalhos,
Nem consigo descansar,
Eu nem sei para que serve,
Uma tal filosofia,
É só textos e mais textos,
Chega até me dar azia!
Matemática é um terror,
com a tal regra de três,
Cada fórmula esquisita,
Já até virei freguês,
Meus caderno eu escondo,
E meus pais nem podem ver,
Se não tenho nada escrito,
Meu courinho vai arder!
A matéria de ciência,
Duas vezes por semana,
Só não falta paciência,
Por que a fessora é bacana,
Inda tem o português,
Que tenho que escrever,
Tanto verbo, tantas frases,
Dar até preguiça lê!
E o inglês de que me serve,
Até tenho que comprar,
Parece até brincadeira,
Esse trosso pra estudar,
Há! de todas as matérias,
Uma não pode faltar,
Essa é a educação física,
Se não tem vou reclamar!
A historia é uma rotina,
Estudar sempre o passado,
Aqueles gregos malucos,
Um bando de alienados,
E a tal de geografia,
Essa é mesmo de lascar,
Tanto mapa, tanto gráfico,
Que tenho que decifrar!
Física é uma Tortura,
Eu tenho que descobrir,
Distância, tempo e altura,
Mas não posso desistir,
E a química imagina,
É formula de todo jeito,
Você ter que entender,
O conteúdo direito!
Há! Inda tem biologia,
Que estuda todo ser,
Deixa a gente numa fria,
Só estudando pra ver,
Mas mesmo com essa visão,
Confesso que estou errado,
Se eu não tiver estudo,
Vou está sempre ferrado!
Dentre em breve já serei,
Um cidadão brasileiro,
Andando com as próprias penas,
Quem sabe até no estrangeiro,
Talvez não seja um doutor,
Um presidente!
Um juiz!
Quem sabe um economista,
Um ator!
Uma famosa atriz!
Mesmo cidadão humilde
Um filho desse país,
Quero dizer com louvor,
Minha eterna gratidão,
À aquele que quando eu criança,
Segurava minha mão,
Ao dar os primeiros rabiscos,
Feios e sem direção!
Esse alguém é o professor,
Que sempre acreditou,
E sua vida dedicou,
Pra tornar-me um cidadão.

28/04/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 15/05/2010
Reeditado em 20/06/2010
Código do texto: T2258151
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