Desabafo de uma Quarta Feira de carvão

E de repente estou eu aqui, de volta a mim mesmo... quanto tempo fiquei distante desses sentimentos tão meus, e escritos tão interiores... E não podia estar escutando outra musica, se não a Viernes 3AM, como que prevendo os caminhos tortuosos com flores mortas que eu iria percorrer. E não por acaso, as flores mortas viram o adubo de um sabado azul e um domingo sem tristezas. Enquanto ouço tão bela e trágica e real canção, vivo um sentimento de morte e vida, que ao mesmo tempo que convivem, se alternam, destruindo qualquer possibilidade de certeza. Que viagem tortuosa e massacrante me pus a fazer nesses tempos de revolução! E o porque disso nem sempre é uma certeza, em meio a ondas desestruturantes e revitalizadoras. Na tentativa de evitar o maldito sensual abandono, me agarro nas ultimas linhas que sobram, que antes eram cordas, que antes eram pontes, que antes eram estradas, e que antes eram certezas cravadas na terra. E o resultado pode bem ser um tiro na testa, sabe deus puxado por quem o gatilho. "me faz bem tanto quanto mal, me faz odiar tanto quanto querer demais", enquanto minha alma despedaçada voa sem rumo, sem porque, sem inteligência, e talvez sem coração. Volte aqui, que eu preciso de você!