Matando um leão por dia...

Penso lá na frente, em tudo aquilo que pode estar me esperando. Vivo o presente, sigo lutando, arrancando os escorpiões de minhas costas, esmagando as abelhas que ferroam minha face;

Não fecho os olhos, apesar de arderem feito brasa. Vivo a batalha, pois não há sede que resista a uma fonte de água potável, e nem escuridão que sobreponha o pavio aceso de uma lamparina e seu líquido inflamável;

A dor é momentânea, a glória é eterna. Busco um resultado que não clama por medalhas ou menções, mas agradeço com minhas orações;

Meu invisível Superior ordena: _Siga em frente! O ambiente só é frio para quem não tem o sangue quente!

Pedaços de minhas roupas e de minha carne ficaram nos obstáculos transpostos, e eu não paro, grito alto, um "kiai" revigora a energia, e resisto, apesar do medo e da agonia;

Vou saciando a fome com bóia fria, e se não fosse assim, de mim não sei o que seria;

Não é filme de terror, nem fábula ou fantasia, apenas enfrento meus próprios fantasmas, e vou matando um leão por dia...

BORGHA
Enviado por BORGHA em 16/06/2010
Reeditado em 17/06/2010
Código do texto: T2322741
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