A CADEIRA.

Ali parada,
Vive encostada,
Velha cadeira.

Fora de oficio,
Já sem serviços,
Grossa poeira.

Tecida a mão,
Por artesão,
Fios de cipó.

Por seu rangido,
Jaz esquecida,
Hoje tão só.

Pobre herança,
Guarda lembranças,
De bons momentos.

Pelos patrões,
Nos casarões,
Amado assento.

Onde donzelas,
Sentavam nela,
A embalar.

Hoje encostada,
Foste trocada,
Não tens lugar.

Eras rainha,
Primeira linha,
No casarão.

Porem agora,
Inerte chora,
Lá no porão.

Fostes famosa,
Tal preguiçosa,
Por muitos dias.

Em triste espera,
Em nossa hera,
Não tem valia.

20/06/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 20/06/2010
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2331173
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