Após a piada

Após a piada, no meio da risada, aos prantos gargalhantes da minha alegria, eu me via e percebia, o tempo que fazia, que eu não a via. Chegou logo cedo sem bater a minha porta ou tocar a campanhia, quando eu ainda dormia, me ajudou pôr a mesa do café, me mostrando a magia de um mero pão com manteiga, me fez reparar desenho da toalha de mesa, que todos os dias eu usava e nem me dava conta, e quanto mais o vôo do beija flor nas flores do canto da varanda.pôs uma música animada, estendendo as roupas no varal.

No meio da risada, sentindo a piada, tanto ria que até chorava, absorvendo a paz que eu suspirava, parecia mais perto, parecia mais palhaça, sentada no tapete, risonha no quadro da sala. falei do seu vestido, percebi o seu cabelo,mais leve sem a pulseira, sua face ainda mais vermelha.Meu doce continha mais mel, bonitas frases escritas no papel, a vida te deu mais vida ao longo da sua estrada, e sua alegria hoje é bem mais fácil, ficaste forte e segura me mostrando que já não é mais frágil.Fito no fundo do seus olhos, tenho aquela mesma pessoa, que segredos são esses, com você é mais gostoso ficar à toa.

Os meus antigos fantasmas já não me assustam mais, da janela vejo um vampiro pedindo um taxi, indo embora e sem olhar pra atrás.Uma assombração que me visitava sumiu no ar com a fumaça do seu cigarro, e uma outra que me xinga, batendo no capô do meu carro.respiro o aroma da paz na madrugada que se veste de dia, nesses tais prantos gargalhantes da minha alegria.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 27/06/2010
Código do texto: T2345164
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