UM SER DE SER

Ser mordomo das riquezas da alma.

Um aventureiro, amante da filha do patrão.

Um ser sem cerimônia. Sem amônia no cabelo.

Sem chapinha nem formol. Um ser meio sem ser.

Sabe como é? Assim. Ser mané sem ser, entende?

Ou ser pastor sem alma pra cuidar. Atende?

Atende o telefone, infeliz, que tá tocando!

Vê se se toca com essas coisas da alma em chamas.

Não tem bombeiro que apague esse fogo.

Não tem paraíso que abrigue alma bem passada!

Nem churrasqueiro que se gabe desse fogo de chão.

Um ser de ser. Há de ser um ser de fogo.

Brando.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 23/07/2010
Código do texto: T2395671
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