SOLIDÃO DE SI MESMOS

Há muito pouco tempo

Havia uma menina

Que desde bebê adoecia de saudades

Quando seu pai não estava por perto...

A menina cresceu e parece

Ter-se esquecido de seu velho pai

Nem sei se o ama mais

Na solidão de si mesma...

Parece regra e não exceção

Que os jovens abandonem seus velhos

Nossos meninos e meninas crescem

E entram num mundo só seu...

Nós envelhecemos e ainda temos amor pra dar

Mas quem o quer receber?

Resta-nos a alternativa do envelhecimento solitário

Ou se entregar, adoecer e morrer...

Aqueles que ainda se sentem ativos

Que não querem se entregar

Sofrem pela falta de abraços e beijos

Murcham diante da solidão de si mesmos

Porém sabem que não devem esmorecer... é a vida!

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06.08.10

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 06/08/2010
Código do texto: T2421989
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