MINHA CALÇA BOCA DE SINO...MEU TAMANCO TONY TORNADO...NUMA ÉPOCA ROCKABILLY...MISTURADA COM TWIST

Minha calça boca de sino

meu tamanco tony tornado

numa época Rockabilly

misturada com twist...

ao qual gritou Celly campello...

em estúpido cupido...

Ney Latorraca de lambreta...

no papel de Mederix

e a moda do chiclete...

sendo mascado...

e cheio de onda...

com a dança da pantera...

muito antes...

veio a novela irmãos coragem...

veio a novela cavalo de aço...

veio a novela saramadaia...

veio a novela gabriela...

assistir rosa bahiana!

em todas as novelas...

eu estava ligado...

veio a época discoteca...

Tina Charles fez sucesso...

e veio a época...

Dancin' Days...

numa moda anos 70

discoteca Maria fumaça...

e meu estilo Charlie Brown...

todo cheio de bule-bule...

minha camisa...a mais brilhante...

só faltava acender as luzes...

dei meus pulos Cyndi Lauper

com alguns passos de Madona...

e o meu giro Michael Jackson...

só faltava sair voando...

dei meu grito Billie Jean...

veio a moda agora break...

veio o tempo do mutchaco...

veio aqueles bate-bates...

tipo os olhos de Baldarati...

veio o tempo do tortinho...

do macaco baleado...

veio a dança do bambolê...

veio o tempo do Obalayê...

era a época em que nós cantávamos:

"Eu vi o negro afro na senzala...

yleyaê...e quando o negro tomava

aquelas chicotadas...uai...uai...uai...

ôi...chicota daqui...ôi chicota dali...

uai...uai...uai..."

Daqui à pouco a gente só via...era os barulhos dos tiros...e um tal de corre-corre...e aquela multidão toda em desespero...no salve-se quem puder...

e eu alí na esquina de zué...

e do armazen de seu Joel...

eu dava minha mola doida...

eram tiros...eram facadas...

e eu não queria morrer...

e eram muitas mortes ali na rua da formiga no tempo do Obalayê...

foi um tempo em que a golmeia...

a boa vista de são caetano...fazenda grande...fim de linha de são caetano...fonte da bica...calabetão...capelinha...com a jaqueira...e a roçinha...tinham reixas uns dos outros...e era a maior rivalidade...

guerra de índios africanos...

e de índios canibais...o negócio era sério...

e ficar na formiga dia de domingo...

quando tinha Obalayê...

era desafiar a própria morte!...

principalmente quando se confrontavam...

as pessoas dos locais rivais...

cara à cara...corpo e alma...

e a bateria...ela não parava!

E eu também já estava viciado...

naquela festa do obalayê...

pois eu tinha os meus propósitos...

e sempre e sempre eu estava lá...

eu só queria namoradas...

eram mulheres de todos os tipos...

e cada domingo que passava...

as qualidades eram diversificadas...

e eu só queria a minha gata!...

aquela morena que passa!

e as ondas eram brabas...

com muitas chuvas de balas!...

muitas danças de facadas!

Foi também depois de um tempo em que Paulo hippie...

por lá barbarizava...Caiçara e Gajé...eram os capoeristas mais temidos...depois

veio toinho...o filho de caiçara...

e Suzart...ele era justiçeiro...

era o delegado que comandava a área...

e Yôyô...só andava muito doido...

ia andando pelas ruas só bambiando...

e cantando...otário eu não sou não...

e malandro é o bicho urubú...

e o papagaio que já nasce todo verdinho...

o patriota legítimo desse nosso Brasil!

ele entrava lá no bar de meu pai

pedia umas bem servidas...ou tomava umas cervejas e começava à cantar

música de Nelson Gonçalves...

daqui à pouco...estava Yoyô à chorar!

eram rio de lágrimas à navegar...

e eu ali naquele balcão...

vi muitas estórias de bêbados...

que eu vou te falar!

Veio a época de Xangai...Geraldo Azevedo...

Elomar...Zé ramalho...Alceu valença...Vital farias...

e eu lá no show de alceu valença...

estava eu no balbininho...

ele mandava ver no seu vocal...

mandava ver no violão...

e em sua flauta transversal...

lá eu junto com Aildes...

com Adinha e com Adalton...

e todos nós cantando assim:

"Cabelo no pente"

Andei pisando pelas ruas do passado

Criando calo no meu caminhador

Dançando um xote,

Tropecei com harmonia

Na melodia de "Pisa na Fulô"

Andei passando como as águas como o vento

Como todo sofrimento que enfim me calejou

terei futuro deslizando no presente

Como o cabelo no pente que penteia meu amor"

Veio o tempo que era Eu...Jairo e Nino...

estudávamos lá no pinto...

e escotávamos as gatinhas do Pedro Ribeiro...

namorando em adrenalina...

com Marieta e Cinalva...

e uma turma de meninas!

e Zemab passava de skate...

uma garota muito louca!

ela passava radical...

tirando a maior filipeta!

veio o tempo da bossa nova...

"Não se admire se um dia

Um beija-flor invadir

A porta da tua casa

Te der um beijo e partir

Fui eu que mandei o beijo

Que é pra matar meu desejo

Faz tempo que eu não te vejo

Ai que saudade de ocê"

veio o tempo da seresta...

"Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi

Da dura poesia concreta de tuas esquinas

Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee

A tua mais completa tradução

Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João"

veio o tempo da serenata...

"Quando penso em você

Fecho os olhos de saudade

Tenho tido muita coisa

Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos

Em versos tristes que invento

Nem aquilo a que me entrego

Já me dá contentamento"

tempo aquele que eu bebia...

mais de um litro de cachaça!

não sabia...se numa rua...

numa avenida...ou sentado numa praça...

e nessas andanças em boemia...

eu conheci Romelita...

grande amiga e grande artista...

num cenário de teatro...

e da música erudita...

foi com ela que eu aprendi...

a gostar também de Jazz...

e aprendi com os grandes clássicos...

Sara Vough e Bethoven...

Mozart...Bach...Chopin...

Louis Amstrong!

veio a época tropicália...

tropicalismo...movimento tropicalista...

veio o tempo Caetano Veloso

Gilberto Gil...Belchior...Djavan...

Milton Nascimento...Chico Buarque de Holanda...e Elis regina...

"Qualquer Coisa"

"Esse papo já tá qualquer coisa

Você já tá pra lá de Marraqueche

Mexe Qualquer coisa dentro, doida

Já qualquer coisa doida

Dentro mexe"

"Lua e Estrela"

Menina do anel de lua e estrela

Raios de sol no céu da cidade

Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde

Penso em você, fico com saudade

"Não Chore Mais (No Woman, No Cry)"

No Woman, No Cry

No Woman, No Cry

No Woman, No Cry

No Woman, No Cry...

Bem que eu me lembro

Da gente sentado ali

Na grama do aterro, sob o sol

Ob-observando hipócritas

Disfarçados, rondando ao redor...

Amigos presos

Amigos sumindo assim

Prá nunca mais

Tais recordações

Retratos do mal em si

Melhor é deixar prá trás...

Não, não chore mais

Não, não chore mais

Oh! Oh!

Não, não chore mais

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!

Não, não chore mais

Hê! Hê!...

"Refazenda"

Abacateiro acataremos teu ato

Nós também somos do mato como o pato e o leão

Aguardaremos brincaremos no regato

Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração

Abacateiro teu recolhimento é justamente

O significado da palavra temporão

Enquanto o tempo não trouxer teu abacate

Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão

Abacateiro sabes ao que estou me referindo

Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo

Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser também"

"Águas de Março"

É pau, é pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol

É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba do campo, o nó da madeira

Caingá, candeia, é o Matita Pereira

É madeira de vento, tombo da ribanceira

É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira

É a viga, é o vão, festa da cumeeira

É a chuva chovendo, é conversa ribeira

Das águas de março, é o fim da canseira

"Apenas um Rapaz Latino-Americano"

Eu sou apenas um rapaz

Latino-Americano

Sem dinheiro no banco

Sem parentes importantes

E vindo do interior...

Mas trago, de cabeça

Uma canção do rádio

Em que um antigo

Compositor baiano

Me dizia

Tudo é divino

Tudo é maravilhoso...

"Como Nossos Pais"

Não quero lhe falar

Meu grande amor

Das coisas que aprendi

Nos discos...

Quero lhe contar

Como eu vivi

E tudo o que

Aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar

E eu sei que o amor

É uma coisa boa

Mas também sei

Que qualquer canto

É menor do que a vida

De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem

Há perigo na esquina

Eles venceram e o sinal

Está fechado prá nós

Que somos jovens...

"Medo de Avião"

Foi por medo de avião

Que eu segurei

Pela primeira vez

A tua mão

Um gole de conhaque

Aquele toque em teu cetim

Que coisa adolescente

James Dean...

"Lilás"

Amanhã

Outro dia

Lua sai

Ventania abraça

Uma nuvem que passa no ar

Beija

Brinca

E deixa passar

E no ar

De outro dia

Meu olhar

Surgia nas pontas

De estrelas perdidas no mar

Pra chover de emoção

Trovejar...

Raio se libertou

Clareou

Muito mais

Se encantou

Pela cor lilás

Prata na luz do amor

Céu azul

Eu quero ver

O pôr do sol

Lindo como ele só

E gente pra ver

E viajar

No seu mar

De raio.

"Coração de Estudante"

Quero falar de uma coisa

Adivinha onde ela anda

Deve estar dentro do peito

Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado

Bem mais perto que pensamos

A folha da juventude

É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos

Desviaram seu destino

Seu sorriso de menino

Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança

Nova aurora, cada dia

E há que se cuidar do broto

Pra que a vida nos dê

Flor flor o o e fruto...

"Construção"

Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E se acabou no chão feito um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

"Alô, Alô, Marciano"

Alô, alô, marciano

Aqui quem fala é da Terra

Pra variar estamos em guerra

Você não imagina a loucura

O ser humano ta na maior fissura porque

Tá cada vez mais down o high society

Down, down, down

O high society

Veio o tempo da lambada...

veio a mix...e a mixagem...

veio a dança da galinha...

corre-corre lambretinha...

mergulhei à tona no rock...

aprendi também a ser punk!

Liko era meu vizinho...

consumia um gardenal...

e eu já estava à 100 por hora...

já lá no fenobarbital...

O barbiturico de Hendrix...

Lico aprendeu à ser anarquista...

H.C...com inocentes...

garotos podres e the sex pistols!

e andava com Ray tatoo....

o seu nome de guerra era "Morto"...

ele andava com uma caveira...

que pegou no Cemitério!

quando a polícia aparecia....

ele colocava dentro do blusão...

disfarçando ser um problema...

que ele tinha no seu pulmão!

sua banda era a "Atestado de pobreza"

era punk hard-core...

nas pauleiras de punk rock...

no final de todo o show...

sempre tinha alguém de bode!

minha camisa era sid vicious...

se aplicando com uma siringa!...

com um "A" de anarquista!...

ou uma com um desenho da polícia!

da polícia prendendo um cara...

e o cara assim dizendo...

oh! seu guarda!...

qual é que é...é só um baseado!

e com o "A" de anarquista!...

e com ela...eu entrava lá no forum Ruy barbosa...

trabalhava...tão legal...e ninguém me dizia nada...

ia lá no quartel general...

vender camisas aos soldados...

e já ia com a minha...vestido...

e as camisas que eu vendia...

era umas desses tipos...

e outras de muitos outros tipos...

como...por um outro exemplo...

uma com a folha da maconha...

bem estampada e bem de frente...

toda verde e com esse dizer:

-Verde é vida!

e eu ainda não tendo olhado

que era a folha da maconha...

por só andar tão muito louco...

eu vendi uma a minha chefe...

ela era advogada...hoje ela é juíza...

e vendi na inocência...

mas depois que fiquei sabendo...

eu vendia mesmo...e era na cara de pau...

e eu vendia era no quartel general...

poderia vim um sargento...

poderia vim um tenente...

eu era um cara muito louco...

eu era tipo um indigente!...

eu ia até o coronel...

eu ia até o general...

minha mente era de fiorinal...

e minha mente era toda de gardenal...

hoje a minha mente é de fogo!...

e é do eterno Quartel General!

Foi a época que eu estava sendo anarquista!

tinha o desejo de pinchar...

sendo um dos maiores pinchadores...

sendo um grande revolucionário...

fiz projetos no humaitá...

e lá eu começei a pinchar...

nessa época fui poeta...

e fiz uma linda poesia...

inspirado nas águas do mar...

inspirado no sol à raiar...

no amor da minha amada...

naquela epoca era Mariângela...

inspirado nos navios à navegar...

e nos barcos que passava...

inspirado no azul anil celestial

no algodão das nuvens e gaivotas...

e na fumaça que rolava!...

o nome dela era Maria Joana...

eu não sei se ainda estar por lá...

eu não me toquei pra investigar...

ísso já tem mais de 20 anos...

foi na capela defronte o cais...

estava eu foi com Ricardo...

o irmão de Aroldo...que serviu

o exército comigo...

também...irmão de wellington tranformista...

Seu nome de guerra era Mathele...

uma bicha até bonita...

e ela era muito minha amiga...

e também já sabia qual era a minha!...

começou me dando umas cantadas...

eu fiz qual é...se plante!...

ela também era muito inteligente...

e foi procurar o bofe dela!...

Deus me fez para mulher...

e esse dom nasceu comigo!

e assim como ele me fez...

ele também fez foi todo mundo...

fez um homem pra mulher...

e o que se pinta diferente...

nós já estamos sabendo qual é!

Nessa época...era a época do

muito rock'in roll...

com um retiro novos baianos...

pois eu sumir da minha casa!...

e só aparecia uma vez ou outra...

Foi a época De Raul seixas...

Pink Floid...Janis Joplin...

Led Zeplin...Jimi Hendrix...

e o barão no balbininho...

já cantava bete balanço...

já cantava maior abandonado...

e estava eu lá junto com Nino...

com biginga...com Val e edinilson...

com georginho...Ana Maria...

com papel e com zani...

e uma galera invocada...

pois eu tinha ido com mundinho...

e agente estava meio sem grana...

e fomos nós pra entrar na tora...

e estando tudo lá difícil...

mundinho já ansioso...e instigado...

pra curtir o rock'in roll...

me chamou pra gente dar uns paus...

alí nuns caras...tomar os ingressos...

e na tora...e se picar direto pro show...

mas eu estava cheio de rivotril...

estava eu em câmara lenta...

e preferir ficar na paz...

a viola ia ser braba...

e como se pisa em cascas de ovos...

como se pisa em espumas...

preferir ser cauteloso...

mas roqueiro muito doido...

e fazendo tudo pelo rock...

não desiste facilmente...

e por questão de alguns minutos...

lá já estávamos nós...juntamente

com a galera...

no embalo daquele show...

chingando os caras do barão vermelho...

só mesmo de curtição...

pra excitar a adrenalina...

como se tudo tradição...

era uma das nossas pirações!

foi depois do tempo de Cazuza...

com Frejat lá no vocal

Ubiratã pintou de fusca...

e me deu uma carona...

veio a época da FEMUP...

do concurso em alagoinhas...

em que a Ulo Selvagem...

ela foi classificada...

e quem segurava a bateria...

era esse quem vos fala!...

pois Adilson muito louco...

ele dava era pau doido...

e a bateria ia correndo...

querendo sair do palco louca...

era uns paus de H.C...

com umas porradas de muito reggae...

e a letra era essa:

"QUANDO TUDO ACONTECE"

ainda me lembro do meu palitó...

era preto e meio listrado...

daqueles do tempo de roça...

eu peguei do velho em casa...

Ednilson de chapéu cowboy...

Sandra todo tipo a mulher gata...

era aquela roupa Batgirl...

couro preto e brilhante...

meio tipo napa!

guto...ele tremeu na base...

o nervoso bateu doido...

procurando ansioso...

algo pra poder se acalmar...

deram logo um duplo quente...

e ele todo degolado...

virou o copo foi de vez...

era tudo e no meio um medo...

e eu de cá cheio de pedras

de rivotril...

akineton...diazepam...

dienpaz e fernegan...

mas o copo á guto chegou primeiro...

se não eu ia oferecer à ele aquelas

pedras...

e um grande amigo lá terapêutico...

pois alguma coisa com ele...estava dando errado...

ele me pediu um akineton...

pra melhorar o seu astral...

eu dei logo umas duas pedras...

e ele não contou nenhuma conversa...

jogou tudo de vez pra dentro...

daqui à pouco estar ele lá muito doido...

me futucando em meus ombros...

rapaz que onda braba foi essa rapaz?

eu sentir uma onda muito doida...

sei lá!...

parecendo que eu estava saindo do meu corpo...

que onda braba rapaz!...que onda rapaz!...

não tomo mais essas ondas!...que braba!...

ele é um cara vocalista...

que dou ponto ao seu vocal...

e cavaleiro negro...

essa é uma grande viagem...

e também um dos seus lindos instrumentais!

pois que ele também é um excelente violonista...um excelente guitarrista...

e também excelente contrabaixista...

e no vocal...ele aquilo de Joplin...

misturado um pouco Hendrix...e o vocalista

do Led Zeplin...Robert Plant...misturado

com Bob Marley...

e 90% do seu estilo próprio.

Edy Vox é seu nome artístico.

ele tocou na banda quatro elementos...

depois criou a Lado Avesso...

tocou na banda papoula...

e hoje ele estar trabalhando

com reggae...nesse nome artístico...

Edy vox...um cara legal e batalhador...

nós passamos provações...

A Lado Avesso...e a Ulo Selvagem...

também pra poder dormir...

nossa grana era pouca...

e não dava pra pagar...

a dormida da pensão...

com toda a nossa alimentação...

mas nosso Deus nos deu vitória...

aquebrantando o coração...

de uma coroa que foi muito legal conosco...

nos facilitando a hospedagem...

com toda a nossa alimentação...

e ainda nos dando a liberdade

de assistir televisão!

nós voltamos com a vitória...

pois a ulo foi vitoriosa...

e foi pago tudo certo...

foi uma estória de muito sofrimento...

mas maior foi a nossa vitória...

Era Sandra...a relações públicas...

hoje ela é a vocalista...

era guto numa guitarra...

(Augusto Pablo)

molão na outra guitarra...

(Ras Ednaldo Sá)

mundinho tocava o baixo...

(Ray Bass)

sendo ele o vocalista...

eu e adilson na batera...

Adilson(Mãozinha)

ele fazia a parte básica...

e eu fazia a reta-guarda...

eu lá com as mãos e com as pernas!...

tirava uma de epiléptico...

movimentos nada ecléticos...

mas com ajuda do nosso Deus...

a união de todos nós...

o apoio da lado avesso...

cavalo doido também pulando...

o irmão de Damasceno...

e uma boa galera que lá gostaram de nós...

todo mundo dando sangue...

animando todo o show...

pulando...cantando e aplaudindo...

comoveram toda a mídia...

E a Ulo Selvagem...lá num hard-core...

com uma fusão de reggae tão bonito...

e o resultado não foi outro...

e de emoção muita gente lá chorou...

muito de nós choramos...

foram muitas lutas e batalhas...

até que a Ulo foi classificada...

levamos nossa vitória pra casa...

com essa linda letra que foi lá

na 5° FEMUP, em meio a 90 bandas -

a ULO ganhou em Terceiro lugar

(Alagoinhas / BA / 1989)

Ísto foi à 20 anos atrás.

"QUANDO TUDO ACONTECE"

Quando tudo acontece

e você se depara com o desespero

reflete e esquece

que ainda tem forças

pra seguir o caminho

uô...uô...

e tirar da cabeça

a coroa de espinhos

pra ter na vida a perfeição

arranque a espada incravada

de dentro do seu coração

não é de olhos vendados

que encontrará a luz

e nem de braços cruzados

uô...uô...

que irá livrar-se

do peso da cruz

(Esta letra...é uma letra

dígna de toda aceitação humana...

uma letra forte da Ulo selvagem...

ao qual foi composta pelo músico

Ras Ednaldo Sá(Molão)...Ele hoje

estar numa carreira solo...trabalhando

com Reggae...nesse nome artístico:

Ras Ednaldo Sá...ele é um cara legal...

e bom amigo...batalhador...e um excelente

violonista...e também excelente guitarrista...na guita ele botava e ainda bota pra lá...

e é aquela bagaçeira...a gente sempre se

deu bem...e ele tinha aquela onda de dizer

assim comigo:-prossiga!...rs)

foi um tempo que passou...

dando margem à outro tempo...

ventos voam em movimentos...

alegrias e lamentos...

mas a vitória continua...

são caminhos que percorremos...

sendo muitas provações...

com momentos retrospectivos...

e de muitas reflexões...

e de amigos que ganhamos...

e de amigos que perdemos...

de pessoas que gostávamos...

e de que ainda nós gostamos...

e que eles já partiram...

foram momentos...tipo Gênesis...

foram momentos...tipo apocalípse...

nessa vida tem mistérios...

como o segredo do sucesso...

onde movimentos são de anjos...

anjos do céu...anjos do inferno...

os do céu pro lado bem!

do inferno...pro lado mau!

quantas coisas vimos boas!...

quantas coisas vimos mau!...

e nesse embalo fui

bem próximo ao inferno...

Ísso foi na época de 1992...

foi no meio de maio...

ou logo após esse mês.

vi o diabo bem de perto...

ele tentou me esticar...

mas os anjos do nosso Deus...

estava alí à me segurar!

ele era insistente...

e me chamava...e com volúpia...

e com seus olhos agressivos...

agressivos e cheio de ânsia...

como na fome de um lobo...

um lobo voraz...e um urso glutão!

irritado como um tigre...

sendo ele o próprio cão...

e o diabo furioso...

chegou bem perto de mim...

e aguçou com suas mãos...

para barbaramente me esticar...

e me levar lá para o inferno!...

mas o anjo lhe deu uma espadada...

e disse...não...esse daqui...

é um vazo escolhido!

foi terrível essa época...

minha alma estava saindo

do meu corpo...

eu alí aterrorizado...

e o diabo alí me fustigando...

vi a fúria da pantera!

e maior foi as mãos de Deus...

que com seus anjos me livraram...

de uma viagem pro além...

o meu susto foi terrível...

que de pavor eu me urinei...

e aos poucos Deus foi me restaurando...

e eu já conseguindo levantar...

eu sair daquela cama...

fui andando e me rastejando...

e com muita dificuldade para andar...

até que com muito custo...

fui conseguindo...

escovei os meus dentes...

lavei o rosto...

foi um tetrex que eu tomei...

quando já não mais aguentava

tomar remédios...

então passei aquela madrugada mau...

e alí eu já morrendo...

e o inimigo...já muito apressado...

não queria nem esperar eu terminar de morrer...

e como disse Zé rodrix:

"O apressado come cru...

eu como mais descansado!"

mas verdadeiramente...

alí foram as mãos de Deus!

Deus tinha um plano comigo...

e como tem também com você!

procurei então mudar...

pois eu disse assim comigo:

-pro inferno eu não quero ir!...

faço de tudo pra ir pro céu...

pro inferno eu não quero ir...

nessa época...

eu estava lá no centro de recuperação...

na Peniel de Dias D'ávila...

começei à lavar os pratos...

carregar água e encher os tuneis...

mesmo alí sem estar aguentando...

mas afinal...eu já estava andando!

passava pano no salão...

lavava todas as minhas roupas...

e tudo com amor...e dedicação...

e com o meu coração contrito à Deus!

quando antes desse episódio...

lá eu não queria fazer nada!...

e eu só andava desanimado...

procurei me alertar...

procurei me animar...

procurei entrar pela porta...

começei então a orar...

começei a jejuar...

começei a ler a bíblia...

começei a tratar todo mundo bem!

meu negócio agora é com Deus...

e morar no céu é o melhor lugar!...

esse foi o tempo em que me convertir!

foi em 1992...

dei entrada lá no Peniel de Dias D'ávila...

em 20 de maio de 1992...

dia do aniversário de meu pai...

e aprendi que nessa vida há um tempo

para todos os propósitos:

Tudo tem o seu tempo determinado,

e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer;

tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

Tempo de matar, e tempo de curar;

tempo de derrubar, e tempo de edificar;

Tempo de chorar, e tempo de rir;

tempo de prantear, e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras;

tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar,

e tempo de lançar fora;

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado,

e tempo de falar;

Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra,

e tempo de paz.

Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?

Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens,

para com ele os exercitar.

Tudo fez formoso em seu tempo;

também pôs o mundo no coração do homem,

sem que este possa descobrir a obra que Deus

fez desde o princípio até ao fim.

Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que

alegrar-se e fazer bem na sua vida;

E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo

o seu trabalho; isto é um dom de Deus.

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente;

nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar;

e isto faz Deus para que haja temor diante dele.

O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi;

e Deus pede conta do que passou.

Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade,

e no lugar da justiça havia iniqüidade.

Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio;

porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.

Eclesiastes 3:1a17

Há um tempo determinado para todo o propósito...

há um tempo também de ser-mos felizes...

e Jesus Cristo é o caminho!

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

João 15:6

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