Carta guardada

Leve eu ficaria se lhe revelasse tudo que me assola, tudo que me devora. Não sabes o quanto resisto para não te trazer junto a mim e desesperadamente beijar-te pela primeira vez. Se elevo meus olhos aos céus, deduzo-te. Se sonho, lá estás. Não há escape, fui venerada sem ter a opção de ceder ou não.

Por que toda vez que me aproximo, sorrio involuntariamente?

Tua voz hipnotiza-me a cada palavra. Teu toque brando arrepia-me freneticamente. Olhas-me de um jeito que logo minhas bochechas queimam. Fazes-me declarações tão leais, que chego a crer.

Ai como anseio o dia em que não mais ansiarei!

Não sei se quero saber se pensas em mim como penso em ti. Porque se não pensas, nada mais me restará.

Confesso, jamais amei, jamais acreditei. Entretanto, és a única exceção.

Gostaria de a ti entregar esta declaração, mas a coragem vem-me a falhar. Portanto, esperarei até que me venhas..

Com amor,B.M.

Bruna Maia
Enviado por Bruna Maia em 10/08/2010
Reeditado em 01/04/2012
Código do texto: T2430515
Classificação de conteúdo: seguro