Brancas pérolas - jade

Brancas pérolas - jade

Na madrugada das revelações

Um grito de liberdade

Aah ... Tanto peso fora das costas

Tantos esclarecimentos

E tudo estava ali na ponta do nariz

A cegueira humana é tosca

A mente nunca mente

Mas desvia atenções

Para nunca mais saber

E isso sem motivo

Até que a madrugada das revelações

Acontece

Um grito de liberdade

O eco primeiro é inseguro

É trêmulo, é ansioso

É esperançoso

E tudo estava ali à frente

Quem dera estivesse aqui

Outro para segurar as mãos

Outro prisioneiro libertado

Outro recém-chegado

Ao paraíso da autonomia

Vamos caminhar, ó, companheiro!

Se tu vais comigo, eu brinco

Brinco com todas as pérolas

Brancas

Das mais redondas

Das mais lisas

Das mais elegantes

Vraiment très très très chic

Vamos caminhar, ó, companheiro!

Daqui a pouco o tempo de liberdade

Finda

Como terminam os dias de minha

Vida

E antes que tudo acabe

Para dar vez ao recomeçar de outrem

Vamos nos divertir

Vamos pensar que somos

Ilimitados no prazer

Nos abraçar

Imaginar que o amor

Seja independente

De nós

Nos iludir

Pensar que o amor

É entidade diversa de nós

Mas que incide

Gruda como água-viva

Queima-nos com o fogo

Da paixão no início

E vai embora quando

A ardência acaba

Vamos caminhar, ó, companheiro!

O amor vai embora

Quando o fogo apaga

Ficamos só nós dois

Restamos sós

Desorientados como

Espermatozóides tardios

E antes q a vida acabe

Brinquemos de roda

Brinquemos de roda

Brinquemos de roda

E pião ...

Quem sabe assim

nos surpreendamos com

O amor em novel rodopiar

Por aqui

E o sintamos

Algo de mim e seu ou

Parte de ti e de outrem

Mas que precise ser cultivado

Antes que o fim

Tome seu espaço.

Ana Lã
Enviado por Ana Lã em 14/08/2010
Código do texto: T2437114
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