Divagando

Há um medo que não se necessita manifestar

Dor deliciosa de pensares, de fazeres, de sentires

Há um porquê de virtudes nem um pouco oriundas...

Segredos e saberes, qual sentimento inusitado!

Qual chaga que se augura sem pranto acabar

Mora no peito este frio que ascende e descende

de amar sem delongas, silenciosamente e sem ver...

E sobrevive das presenciais infindas alegrias...

Não, não é cabível tão abrasiva esperança

de tal vida sem se procederem paixões alusivas...

Algo queima serenamente e não é dado fugir

do calmo conduto do amar tão taciturnamente...

Da vida tão marcada, que seria a dor, senão nada

De tanta realização num peito vazio insensato

Guardião de pulsações um tanto ultrapassadas

De amor, de paixão, ternuras nem tão extravasadas...

Há uma coragem sem reservas ou com quase nada

Um olhar molhado direcionado e intencionado...

Há inquebrável vínculo eternamente esculturado...

De toques serenos, tamanho sentimento decretado!

Nalva
Enviado por Nalva em 02/09/2010
Código do texto: T2473885
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