Divagando
Há um medo que não se necessita manifestar
Dor deliciosa de pensares, de fazeres, de sentires
Há um porquê de virtudes nem um pouco oriundas...
Segredos e saberes, qual sentimento inusitado!
Qual chaga que se augura sem pranto acabar
Mora no peito este frio que ascende e descende
de amar sem delongas, silenciosamente e sem ver...
E sobrevive das presenciais infindas alegrias...
Não, não é cabível tão abrasiva esperança
de tal vida sem se procederem paixões alusivas...
Algo queima serenamente e não é dado fugir
do calmo conduto do amar tão taciturnamente...
Da vida tão marcada, que seria a dor, senão nada
De tanta realização num peito vazio insensato
Guardião de pulsações um tanto ultrapassadas
De amor, de paixão, ternuras nem tão extravasadas...
Há uma coragem sem reservas ou com quase nada
Um olhar molhado direcionado e intencionado...
Há inquebrável vínculo eternamente esculturado...
De toques serenos, tamanho sentimento decretado!