Segunda-Feira

Apagam-se as luzes da cidade.

Amanhece e a névoaoa úmida ainda cobre os prédios.

Os primeiros raios de sol cruzam o céu entre as antenas

Na tentativa de afastar a lembrança da noite;

Continua presente em mim o sonho...

O sol já tomou conta da cidade

Nos rostos retorcidos, a indiferença do dia-a-dia.

O sonho começa a tomar distância cedendo lugar à saudade.

As ruas estão cheias de pessoas apressadas,

Buzinas, apitos, ronco de motores, gritos...

Só o tempo se arrasta sem pressa, lento, calmo...

Parece recusar-se a chegar ao fim.

As pessoas começam a caminhar cansadas,

como se carregassem o dia nas costa, nos rotos, desanimo.

Só eu espero a noite ansiosa,

Com ela troco a saudades pelo sonho, quando o tenho real...