“Aprendi com as primaveras a ser cortada e voltar sempre
inteira.”
 


Depois de podada, retornar com mais força...
Sou podada de várias maneiras
Nem sempre tenho vontade de retornar pela metade à cena do crime
 Então volto inteira,
Procuro outros enredos, outros temas,
Outras tramas para me tecer novamente
Não é fácil, mas não desisto facilmente
Pois estou sempre querendo o impossível,
Que, para mim, é o inevitável
Sempre amo pessoas a quem não deveria amar,
Não naquele momento
Então, desisto: vou viver de sonhos e poesias
De lançar-me à moda do acaso
Não quero mais sair na chuva,
Dou-me o direito de um lugarzinho seco e quente
É assim que tem que ser.
Já não tenho idade para me molhar à toa
Não sou uma jovem qualquer
Ou qualquer pessoa...
Sou Sol Pereira,
A irreverente, a inquestionável e a questionável
 Aquela que gosta do incomum,
Pois faz toda a diferença.
Então, assim eu sou.
Mesmo depois de tantas primaveras volto inteira
Agora, peço que não me estranhe, nem misture
O artificial com meu interior e meu ser
 
sol pereira