UM POEMA DIFERENTE
 
 
Hoje, eu gostaria de te escrever uma prosa bem diferente; gostaria que ela fosse revestida de todo o romantismo possível. Pois, tu mereces com muita elegância, o desfile desses meus mal chamados versos. Gostaria também que esse poema prosa, te dissesse alguma coisa diferente, e que chegasse a ti com a aragem dessa primavera inesquecível. Gostaria que ele te dissesse que tu és muito linda, e que, quando por mim tu passas, o meu coração vive murmúrios e tropeços novos. A minha ânsia é uma agonia doce e inexplicável, principalmente, quando agora, tu me dizes que gostarias de ter atravessado a rua para me beijar. Confesso-te minha querida, que falta muito pouco, para que eu me desequilibre diante de ti e possa dirigir a ti, com muita humildade, as minhas pobres reverências.
Se isso vier a acontecer, será um naufrágio de almas, um indizível embate anímico que nos afogará em caldeiras de amor para sempre. Eu te sonho assim como todo o amante sonha. E que, quando chega de madrugada no rastro do hálito quente, se derrama em carinhos para demonstrar que ela é a mulher mais amada desse mundo. Eu gostaria de, beijo a beijo, carinho a carinho, toque por toque, percorrer o infinito do teu corpo, esse mármore branco e sagrado que reservas para mim. Quando, eu olho nos teus olhos, abismo-me com o tamanho dos mistérios que eles contêm, é uma dádiva, eu ter encontrado esses dois poços negros e profundos perdidos no meu caminho.
Nada é mais gratificante nesse mundo quando estou contigo, sinto-me envolvido por uma paz quando tu me beijas e a minha alma silenciosa se engravida de amor. Os teus olhos me devoram por dentro e Eros o deus da luxúria, incita a minha libido, desejando a posse do teu corpo santo e sagrado. Os estremecimentos e os desejos contidos que a minha alma sente, por certo, é uma previsão do que está para acontecer conosco. Sonho que nesse momento, eu poderei levar-te por um túnel de carícias que nos conduzirá às pradarias do prazer e do amor, e serão por nós totalmente inesquecíveis.
Com muita humildade e rara elegância, eu quis aqui pretender exprimir, o que está nascendo entre nós de forma silenciosa e envolvente. Confesso-te que, na próxima estação de verão que se aproxima, numa matinada ensolarada, as nossas almas, finalmente, luminescentes e grávidas de júbilo, se acoplarão para sempre.