Em: 08/10/2.010

     Hoje, acho que sempre, me pego pensando na solidão que vivo. Meus interesses a ninguém interessam, como minhas poesias.


     Sei que o escrever é um ato solitário. Um desfraldar de sentimentos conturbados. De alma desalinhada do corpo e alinhada ao coração conflitando com a mente.


     Sei também que escrever me deixa à deriva, livre para expor-me. Mas tenho uma necessidade imensa de que aqueles que amo, sinta um pouco de prazer em penetrar meus sentimentos através dos meus escritos.


     Tatuo minha vida através das letras desde 2.007 e posso contar nos dedos, sem me perder, quem me deu alguma implorada importância.


     Vivo uma completa solidão, acompanhada de contas e trabalhos a executar (acho que isso se chama, cada um tem sua vida pra cuidar). Não sinto a total falta de Amor ou até mesmo de Amar, mas sinto a solidão do Amar a um homem que também me amasse. De sentir desejo por um homem e não desejo por homem.


     O desejo ainda grita em minha pele. A falta de carícias... De beijos... De companhia... Do dormir aconchegado...De troca de ansiedades... De troca de dores físicas... De Felicidade tatuada na pele. No riso. Na alma.


     Talvez se deduza que o desejo não pertença a uma mulher de quase 60 anos de idade. Que talvez isso só pertença aos jovens com hormônios à flor da pele, loucos para deixarem de ser BV!!! De viverem a loucura dos amassos... Que sinceramente, deve-se viver nesta tenra idade, com quem se gosta.


     Amassos são gritos do corpo, que devem sim, ser freados, pois eles podem nos levar a passos grandes que poderão se tornar irremediáveis...

Talvez pertençam aos já com hormônios controláveis, e desejos incontroláveis... Àqueles que estão acima dos vinte e abaixo dos sessenta...rssss...

     Voltando à Solidão, ela não é privilégio de adolescentes.... Aqueles dos amassos lá de cima!!!...Rsss... Não é privilégio dos desacompanhados... É companheira, também, dos acompanhados. Enfim... Ela é uma praga!!!

Somos hospedeiros natos da solidão. Por anos ela fica lá adormecida... Um dia eclode!!! Como um rebento a ser cuidado, e quando olhamos à volta, vemos que ela é endêmica...

     Difícil é tentar contornar a solidão Adolescêntica... Esta é perigosa... Leva ao naufrágio... Na solidão Adolescêntica, tem sempre uma alma “CARIDOSA”, pronta dar cabo dela... Mas não é da solidão... É de quem ela está instaurada.


     Aliás, acho que o Debut da solidão é por volta dos doze anos de idade... Quem é culpado disto? Os malditos Bemfeitores Hormônios... E de nós responsáveis, IRRESPONSÁVEIS, que não aprendemos, não quisemos aprender, e não nos ensinaram, e continuamos a não querer ensinar e/ou interpretar estes sinais que se hospedam no corpo frágil dos adolescentes.

Solidão... Um Mal que assola a humanidade... Sem remédio... Um Câncer incurável!!!