A IRMÃ DA ROLIMÃ

“RODA mundo, RODA gigante, RODA moinho, RODA peão,

o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração.”

Ela foi à coisa mais importante que baixou nesse Planeta. Sem ela, o mundo para. Ela é fecunda. Está em tudo que é energia, vida. Seja: água, animal, elétrica ou vento.

Tem homens que a rejeita, preferindo levar as coisas pelas costas.

Ela é conforto. É quem nos tirar daquela sensação de peso nas costas.

Ela adora carro, mas quem não gosta? Ela pega a estrada... Mas também, vai no avião, na bicicleta, na moto, no trem. Ela é bem rodada. A sua sensibilidade é muito alta, e muitas das vezes ela não vai aguentar a pressão e vai estourar. Normal. Ela fica em pedaços.

Estará sempre na RODA de amigos, por mais machista que seja. Na saia de RODA e em um Samba de RODA, ela comemora. Ela deixa muitos corações em pedaços ou melhor, em rodelas.

Seu lado infantil, se manifesta nas cantigas de RODA ou na RODA gigante.

Irritada, ela RODA a baiana, e no desespero para sobreviver, RODA a bolsinha, sonhando com a RODA da fortuna. Ela tem uma paixão por dinheiro, mas só em moedas. Só em moedas?

Eu nunca a vi em um caixão, e não quero vê-lá. Ela move o mundo.

Sem ela, O Homem perde a direção.

É preciso entendê-la. Ela tem uma compulsão enorme. Pode ser gorda ou magrela, preta, branca ou amarela, e nas ruas é perseguida por cão ou cadela.

Pode ser simples como em um carrinho de mão, mas adora mesmo é desfilar nas passarelas, em um carrão luxuoso. No motel, se a cama não for redonda, decepciona. Ela é de parar o trânsito.

A Terra gira em torno do Sol, é um casamento perfeito,

e sabe o por quê?

É por causa dela: A RODA.

menino caldas
Enviado por menino caldas em 04/11/2010
Reeditado em 04/11/2010
Código do texto: T2596264
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