SEM NOME E SEM HISTÓRIA


Moradores de rua, sem moradia sem nada,
Só com esperança e fé
Tornam-se vítima de alguns desajustados
Que segundo muitos, por ser véspera de natal
E a rua precisar ser ornamentada para receber
Aqueles que trarão dinheiro para a cidade
Que nunca lhes deu nada nem mesmo um nome.
E hoje para que a cidade seja limpa
Eles são transformados em mortos desconhecidos
Enquanto as famílias prosseguirão mergulhadas
No vazio no medo na tristeza, na revolta no nada
E para lembrá-los, apenas estacas enumeradas
Fincadas no chão a sete palmos de terra que lhes servirá
De teto sem nome, e sem história


Brasília, 07/11/2010