DECIFRAMENTO

Não bato ponto no seu cotidiano,

ao meu também sou estranha.

Tenho algo a me dizer e tenho medo de ser ouvida. Nego a palavra e estendo ao outro o meu olhar como quem pede encontro ou o confronto necessário para calar essa estranheza.

Mais que ternura busco deciframento. Um outro da mesma espécie que

me reconheça e me acolha no bando ou me espante de vez.Saberei ao

menos quem não sou.

Ana Másala
Enviado por Ana Másala em 10/11/2010
Reeditado em 11/11/2010
Código do texto: T2607002