Meus eu no amor e na dor
Ah! O romantismo, como entende-lo?
Depois de tantos erros, acerto, choros e risos, conquistas e abandono, ilusões, desilusões e momentos vividos na idealização de um sentimento utópico, percebi que não é o amor em si, sentimental e transcendental que me enlouquece e sim a sensação de expectativa, a dúvida, o medo, o perigo, o desejo e não o desejado. Descobri também que o meu modo de amar, apaixonar-me, desejar ou ser possuída, seja lá o que for, é em liberdade. Mas é tão perigoso, e tão atraente para mim que me encanto pelo proibido, sou narcísica demais, me apaixono loucamente pelo que aparentemente não presta. Sou apaixonada pelo perigo e enquanto ele existir, apaixonada eu estarei. e quando me acalmo, a paixão se transforma na procura de mais uma emoção cortante e fatigante. Nada melhor que encontrar alguém também apaixonado pelo perigo, um encontro comigo mesma nutrem, aquele tipo de sensação que atrai e repeli ao mesmo tempo. Acredito que é o que eu procuro, as vezes quero não temer, mas é o medo que me atrai. Depois dessa manifestação absurda do meu eu o medo se apresenta mais intenso e o desejo de desmistifica-lo vem junto, como uma harmonia de contrastes. Esse é o perigo, eu estarei comigo. E estar comigo, é estar...
Nunca se sabe...
Mais uma vez eu me perco dentro de mim, por amor, por paixão, por desejo, pelo real ou pela ilusão, por uma causa perdida que vale a pena...
E é essa, a melhor parte.