Encontro com Drummond (Com a Participação da poetisa Luciene Lima Prado)

Era dia cinzento.

Pensativo, ele fitava o passeio

de sinuosas pedras de Copacabana.

Alí, assentado em bronze, exalando versos,

desafiava o tempo...

O manto de mar cobria-lhe as costas.

Montanhas de prédios e pedras erguiam-se à frente.

Pedras do caminho da Cidade Maravilhosa...

O metrô, sepultado vivo, adiante,

apitava na imaginação.

Saudade de Minas!

A amiga poeta, Luciene Lima Prado, em seu comentário, nos brinda com seus belíssimos versos, que transcrevo abaixo, o que muito me honra. Nosso agradecimento, Lu.

Mil sonhos no meio do caminho

De um poeta ou de uma moça sem flor,

Sob a chuva que tem gosto de ? posso??

Em todo caminho uma pedra,

Ainda que invisível;

Em todo verso, um Drummond,

Mesmo mudo.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 15/11/2010
Reeditado em 16/08/2012
Código do texto: T2616339
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