SEPARAÇÃO

Trago as lágrimas nas folhas que secam e caem dos meus olhos,

Trago os teus braços agarrados às raízes fecundas do pensamento.

Agarro a terra com as mãos e enterro os teus olhos brilhantes.

Morreram nas minhas mãos os frutos que o destino recolheu.

Devolvo-lhes a vida perdida no meio da terra do esquecimento.

Tapo a vontade e rego o que ficou enterrado entre nós.

O que germinará na terra que abandono será brisa de um futuro separado.

Mónica Correia
Enviado por Mónica Correia em 13/10/2006
Código do texto: T263715