O perplexo mundo moderno
Tenho saudades dos passeios de bicicleta
Das pedaladas aos campos selvagens
Colher gabirova do campo, ver as corredeiras cristalinas
Descendo as encostas verdejantes.
Hoje, diante de meus olhos, nascem casas
Desafiando a lei da Física
Sobre morros e penhascos
Mudando a paisagem natural
Nesta fria selva de pedra
Não há mais o encantado céu azul,
Não há mais estrelas brilhando à noite.
Apenas uma cortina preta.
Nos campos e campinas
Nasciam lírios, acácias e orquídeas.
Voavam beija flores e bem te vis
Numa atmosfera toda bucólica e natural...
Ruas de antes, ladeadas por ipês
Brota o concreto, cresce o muro,
Ramifica-se a cerca elétrica.
Estou presa em minha própria casa, enquanto lá fora,
Corre "a vida livre" para a bandidagem!