Vai dizer que isso não é um prazer??

Mas que prazer que dá...

Ver o leite chegando ainda quente do retiro,

Coado e fervido lentamente no fogão à lenha,

Que é para não transbordar em espumas...

Sair dali para a mesa, com café moído

E coado na hora, junto com pão fresquinho

Feito no forno de barro,

Onde um majestoso queijo fresco saído da forma,

Aguarda nosso apetite interiorano, para saborear

O tradicional doce de goiaba e ir às nuvens...

Mas que prazer que dá...

Depois de um café de caboclo rei,

Descansar um pouquinho na rede, para logo em seguida

Arrumar as linhas e varas de pescar... E garantir a carne do almoço...

Que prazer, vc não sabe...

Depois de horas a fio na beira do rio,

Embornal cheio de peixes dourados,

Já cheio e amarrado dentro do rio,

Garantindo que cheguem vivos em casa...

Mas o prazer maior está por vir...

Pescaria encerrada,

Linhas e anzóis guardados.

É chegada a hora do banho de rio...

Sem receio, sem medo e sem pressa

Despir-se das roupas de cima sobre a grama...

E ficar apenas com as roupas de baixo.

Livre para o nado, sincronizado ou não...

Mas tendo a certeza de que a vida,

Nesse recanto sossegado,

Passa muito devagar...

A impressão que se tem é de que há dois dias em um só!

C a l m o

D e m a i s.

S o s s e g a d o

D e m a i s...

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 06/01/2011
Reeditado em 07/01/2011
Código do texto: T2713258